domingo, 10 de outubro de 2010

A lei da sobrevivência

História verídica
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Ainda bebericando um chá de capim santo e observando a fumaça quente ficar acima do chão da cozinha da tapera e abaixo o ar frio, o fogo do fogão a lenha estava ficando pouca, pus alguns paus de lenha para aquecer-me tinha banhado questão de uma hora e pouco e o frio começa a ficar intenso estava preocupado com as galinhas lá encima no platô, apesar de que tinha feito um viveiro. Foi quando ouvir o barulho de galinha pedido socorro, me armei de uma lanterna e com a cara e a coragem sair para ver o que estava acontecendo, estava todo friento mas decidido a ver o com acontecia com as penosas lá em cima cerca de 300 metros da tapera. Cheguei lá e vi pedaço de galinha comida e outras tantas mortas entre uns bambus velhos perto do galinheiro, fiquei desesperado, tirei os dois facões e estudei o perímetro e nada de rastro de animal. Passei pegando as penosas que sobraram e levei para dormir comigo no quarto ao lado dentro da tapera. O que fiquei sentido foi ter perdido minha galinha de angola, trocara por meia caixa de inhame. De manhã enterrei as galináceas mortas e matutei, é a lei da sobrevivência. 

Texto: Helder

sábado, 9 de outubro de 2010

O Lampião

História verídica
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A lua se avizinhava com sua prateada cor, estava levando um livro para ler alguma poesia em voz alta na beira de um barranco e lá embaixo águas calmas de um córrego corria na sua mansidão. Estava lendo agachado batendo um barro, de repente apareceu um lampião, o radio com as pilhas enfraquecidas fazia seu chiado característico. Quando olhei e vi que não era um lampião nenhum era um vaga-lume perdido naquela beira de riacho. Pus mais graveto no fogo e continuei as tarefas momentaneamente noturnas.

Texto: Helder